A Paraíba receberá do Governo Federal mais de 125 testes rápidos de malária para complementar o estoque estadual, após a identificação de dois casos na cidade do Conde, Litoral Sul da Paraíba. O estado também deve ser abastecido com medicamente para o tratamento da doença.
A confirmação foi feita pelo Ministério da Saúde, que disse acompanhar a Paraíba para prestar o apoio necessário no combate à malária.
O primeiro caso de malária registrado em 2019 na Paraíba foi identificado em março e a mulher de 35 anos, segue em tratamento no Hospital Universitário Lauro Wanderley. Já o segundo caso foi com um homem de 53 anos. Ele saiu do Trauminha de Mangabeira, após confirmar a doença por meio de exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen), e também deu entrada no HU.
Apesar da região Amazônica concentrar mais de 99% dos casos de malária do Brasil, os demais estados também possuem áreas com a presença do vetor, onde pode ocorrer a reintrodução da malária a partir de um caso importado. Por isso, o Ministério orientou que o estado faça uma busca ativa de novos casos suspeitos da doença e realize atividade de bloqueio e transmissão.
A secretaria de estado da saúde (SES) já está disponibilizando técnicos qualificados para a ação de busca ativa de novos casos, realizando capacitação dos profissionais do Conde para técnica do teste rápido e coleta de lâminas. Até esta segunda-feira (8), os resultados foram negativos.
No Conde, também foi realizada a busca ativa na casa onde moram os venezuelanos e todos os testes também deram negativo.
As equipes da SES estão trabalhando em regime de plantão, nos fins de semana, para fazer a detecção dos casos, por meio de equipes no território e está sendo feita ação, em nível estadual, pela Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), para esclarecimentos, regulação dos fluxos, nas suspeitas de novos casos.
Apesar dos poucos casos registrados, os moradores do município do Conde, Litoral da Paraíba, devem evitar doar sangue durante um mês, após o registro dos dois casos de malária na cidade, sob recomenda da SES.
Os que tiveram a doença, por sua vez, devem esperar um ano para doar sangue. Os casos foram os primeiros notificados na Paraíba em 2019, no entanto, a SES destaca que a Paraíba não é área endêmica para doença.