O Governo do Estado da Paraíba vai lançar um edital para contratar 400 agentes socioeducativos que atuarão nas oito unidades da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac). A grande maioria das vagas será para João Pessoa. De acordo com Noaldo Meireles, presidente da Fundac, cerca de 280 vagas serão destinadas a João Pessoa, cerca de 80 para a região de Campina Grande e outras 40 para Sousa. “A comissão organizadora do concurso está fechando estes números”, ressaltou.
Nesta segunda-feira (20) o governador João Azevêdo assina a autorização do concurso e a Secretaria de Administração dá início ao processo licitatório para contratação da banca. A expectativa é de que os aprovados sejam contratados imediatamente ao fim do certame.
A secretária do Desenvolvimento Humano, Neide Nunes, afirmou em entrevista que “até no máximo outubro a gente finaliza o processo como um todo”. Ela enfatizou que o profissional que será contratado “tem que ter muita sensibilidade, tem que ter um perfil de educador social, uma vez que vamos estar tratando com adolescentes que cometeram algum ato infracional”.
O governador João Azevêdo adiantou que o salário a ser pago para os agentes socioeducativos será em torno de R$ 1.500, sem contar com as gratificações.
Os agentes socioeducativos deverão trabalhar em regime de plantão, com sistema de contratação de 12h por 36h. Ao todo, serão quatro plantões em cada uma das unidades. O salário ainda não está fechado, segundo Noaldo Meireles, mas já foram definidas as gratificações a que os servidores terão direito.
“Além do salário, esses agentes têm direito ao risco de vida e uma gratificação de 30% sobre o valor do vencimento por estarem trabalhando em unidade, além do vale-alimentação”, destacou o presidente da Fundac.
Atualmente a Paraíba tem 400 agentes que trabalham com 496 adolescentes internos. “Temos uma média hoje em torno de quatro adolescentes para cada um agente”, explicou Noaldo Meireles. Ele ainda comemorou o concurso, que é o primeiro específico para a área de agentes socioeducativos, já que os efetivos necessitam estar passando constantemente por reciclagens e “com o contratado há uma instabilidade grande”.