O conselheiro Fernando Catão, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), se pronunciou nesta quarta-feira (22) sobre a deflagração da quarta fase da Operação Xeque-Mate, que teve como alvo de mandados de busca e apreensão sua residência e seu gabinete. Durante a sessão ordinária, Catão afirmou que a operação não lhe trouxe nenhuma estranheza.
Apesar de ter sido surpreendido com a ação da Polícia Federal, Fernando Catão destacou que viu a situação com naturalidade. “Ninguém, mais do que eu, quer o aprofundamento dessa investigação sobre aquele caso do shopping porque tenho a consciência plena, absoluta de que agi dentro da legalidade. Cumpri todos os prazos do Tribunal, segui o parecer ministerial quando foi dada a cautelar suspendendo, segui o parecer ministerial e a auditoria quando foi pedida a suspensão da cautelar”, ressaltou o conselheiro.
Fernando Catão considerou que agiu dentro de suas competências, da legalidade e do seu juízo de valor. “Tenho ao consciência tranquila que a não construção daquele shopping sofreu qualquer interferência por parte deste Tribunal”, afirmou.
Ele ainda apontou que sempre esteve à disposição para cooperar com o que fosse necessário para as investigações. Finalizando seu pronunciamento em plenário, Catão afirmou que “não perco e nem perderei nenhum minuto de sono por conta desse assunto. Estou à disposição para cooperar como sempre cooperei”.
O presidente do TCE-PB, Arnóbio Viana, manifestou solidariedade à situação que Fernando Catão passou e recordou que a manifestação do Tribunal de Contas foi necessária no caso por envolver questões ambientais. Arnóbio reforçou ainda que “o Tribunal, como um todo, já prestou a solidariedade necessária com referência a esse processo tendo em vista que não envolve um centavo de dinheiro público. Foi apenas uma questão de particulares. O Tribunal participou apenas porque o próprio estatuto da cidade prevê a participação do Tribunal nas questões ambientais, notadamente no que tange ao equilíbrio ambiental”.