Sete réus acusados de envolvimento no homicídio do radialista Ivanildo Viana, em Santa Rita, serão julgados pelo 1º Tribunal do Júri de João Pessoa, nesta quinta-feira (27), cinco anos após o crime. A decisão partiu do pedido de desaforamento do caso, o qual foi apreciado na sessão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), no dia 4 abril de 2019.
O desembargador-relator João Benedito da Silva votou a favor do desaforamento do caso de Santa Rita para a Capital, argumentando em sua decisão o temor quanto à imparcialidade do Conselho de Sentença.
“Deve ser deferido o pedido de desaforamento para julgamento por Tribunal de outra comarca, quando restar comprovado, em elementos concretos, que a imparcialidade dos jurados restou comprometida.”
Acompanharam o voto do relator o desembargador Arnóbio Alves Teodósio e o juiz convocado Carlos Martins Beltrão Filho.
Julgamento do caso Ivanildo Viana
No dia 27 de fevereiro, a partir das 9h, serão levados a julgamento os réus:
- Arnóbio Gomes Fernandes, mais conhecido como Sargento Arnóbio;
- Erivaldo Batista Dias, o Sargento Erivaldo;
- Olinaldo Vitorino Marques, Sub Olinaldo;
- Eliomar de Brito Coutinho, o Má;
- Francisco das Chagas Araújo de Farias, o Cariri;
- Valmir Ferreira Costa, conhecido como Cobra;
- e Célio Martins Pereira Filho, o Pê.
A morte de Ivanildo Viana
Consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público que os sete réus apresentados pelo TJPB são responsáveis pelo assassinato de Ivanildo Viana da Silva. No dia 27 de fevereiro de 2015, por volta das 11h30, o radialista estava na sede da Rádio 100.5 FM, no Centro de Santa Rita, saiu da emissora em sua moto com destino a João Pessoa, foi seguido e assassinado em um dos trevos da BR-230.
O réu conhecido como ‘Má’, na garupa também de uma moto, teria sido o responsável por atirar quatro vezes contra a vítima. As investigações policiais revelaram que o Sargento Arnóbio encomendou a morte de Ivanildo Viana pelo valor de R$ 75 mil, aos executores, com a intermediação do Sargento Erivaldo e do Sub Olinaldo, que teria contratado outros autores do crime. A quantia de dinheiro seria depositada na conta do apenado identificado como Leonardo José Soares da Silva, o ‘Bode Roco’, e rateada entre os envolvidos.