Os partidos DEM e MDB, que integravam o bloco do ‘Centrão’ na Câmara dos Deputados, irão sair do grupo que soma mais de 200 dos 513 parlamentares da Casa. O líder do DEM, Efraim Filho (PB), explicou que as duas legendas entenderam que era o momento de “preservar essa autonomia regimental”.
“Não teve bronca, não teve briga, não teve divergência. É uma posição em nome da autonomia do partido e vida que segue”, afirmou.
De acordo com ele, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) já teve preenchimento de vagas, e era a justificativa do momento para integração dos partidos no grupo.
O bloco hoje é formado pelo PL, PP, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB, PROS e Avante – alguns estão mais alinhados com o governo (como o PP, PSD e PL) e outros tem posição de mais moderados, como o Solidariedade. Ele foi formalizado no ano passado para a formação da CMO.
Nos últimos meses, uma divisão aparece cada vez mais clara no bloco, quando alguns partidos negociaram com o governo um apoio maior com as pautas do Palácio do Planalto, e em troca indicaram nomes a cargos em ministérios. Outras legendas ficaram de fora falando em autonomia em relação ao governo.