O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), não vai fazer intervenção em Bayeux. Em conversa exclusiva com o blog, ele disse entender que “a Democracia tem que encontrar seus próprios caminhos”. Ele lembrou que já existe decisão judicial determinando eleições indiretas. A posição do gestor frustra as pretensões do grupo ligado ao prefeito interino Jefferson Kita, que é do mesmo partido do governador.
Pela decisão proferida pelo desembargador Fred Coutinho, do Tribunal de Justiça da Paraíba, no sábado (15), a eleição indireta deve ocorrer imediatamente. Ele reformou decisão da desembargadora Maria das Graças Morais Guedes, proferida também no plantão do Judiciário. Ela entendia que tinha que haver nova eleição, mas antes era preciso fazer um novo edital, estipulando prazo para recurso, em casos e indeferimento de candidatura.
Maria das Graças havia atendido, na decisão, as pretensões da vereadora Lucília Freitas (DEM). Ela era vice na chapa encabeçada pelo presidente da Câmara, Inaldo Andrade (Progressistas), e teve o registro impugnado. No recurso, ela alegou problema no edital de convocação da eleição. A decisão da desembargadora foi contestada pelo vereador Adriano Martins (MDB). Em sua decisão, o também desembargador Fred Coutinho decidiu rever a decisão da colega.
Como ele entendeu não haver a necessidade de novo edital, a eleição terá que ocorrer imediatamente. Ou seja, se não houver outra decisão judicial, o pleito deve ocorrer nesta segunda-feira (17). O prefeito interino, Jefferson Kita, é um dos candidatos na eleição indireta. Ele contava com uma intervenção na cidade. Lembra que os pressupostos existem, com recomendação do Tribunal de Contas do Estado e pedido aprovado pela Câmara. Procurado pelo blog, o governador negou a possibilidade.
“A Democracia tem que encontrar seus próprios caminhos, estamos a 90 dias de uma eleição direta, onde o povo vai escolher seu prefeito, não acho que uma intervenção agora serviria pra mudar o cenário. O prefeito atual mostrou que com um mínimo de boa vontade a cidade pode ter uma gestão que atenda as expectativas da população. Como a justiça determinou as eleições indiretas, espero que a Câmara de Vereadores faça o seu papel, não se rendendo mais uma vez a interesses outros, senão os do povo de Bayeux”, disse João Azevêdo.
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