O menino de 4 anos morto no último sábado (19) após agressões, em Campina Grande, sofreu um choque hipovolêmico e teve o fígado rompido, conforme constatou perícia realizada pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21), em coletiva de imprensa com o Numol e a Polícia Civil. A única suspeita do crime é a madrasta do menino.
De acordo com o chefe do Numol, Márcio Leandro, a criança sofreu um choque hipovolêmico devido às agressões, causando um intenso sangramento, a ruptura dos vasos abdominais e o rompimento do fígado.
O menino estava sob responsabilidade da madrasta, única suspeita do crime, há um mês, de acordo com a polícia. A perícia identificou que a criança sofria agressões também há cerca de um mês. O laudo descartou violência sexual.
“As evidências que existiam [mostram] que ela já maltratava essa criança há algum tempo”, disse a delegada Nercília Dantas durante a coletiva.
Segundo a delegada responsável pelo caso, o pai do menino é presidiário e a mãe mora em Pernambuco. Segundo as investigações, do presídio, o pai ordenava que a criança ficasse com a madrasta, em Campina Grande.
Para a polícia, a suspeita disse que não agrediu o menino. Justificou que o inchaço nos olhos da criança teria sido causado por uma abelha e disse que levou a criança, já morta, ao Hospital de Trauma no sábado (19) por conta de uma queda. Segundo a delegada, a mulher disse que só teria dado uma “chinelada” na criança e que o menino era “trabalhoso”.
Já a perícia confirmou as agressões, e a Justiça determinou a prisão preventiva da suspeita. Ela está na carceragem da Central de Polícia mas deve ser transferida para a penitenciária feminina de Campina Grande ainda nesta segunda-feira (21).
Com G1