8 de dezembro, dia em que adeptos de religiões de matrizes africanas celebram Iemanjá, o presidente da Federação Cultural Paraibana de Umbanda, Candomblé e Jurema da Paraíba, pai Beto, reclamou da depredação da imagem que fica na praia de Cabo Branco, em João Pessoa.
Este ano, devido à pandemia do novo coronavírus, não haverá a tradicional festa com cortejos e oferendas à Rainha do Mar, e pai Beto reclama ainda que as pessoas sequer podem ir até a estátua, pois esta foi decapitada e teve as mãos arrancadas.
“Lutamos para que haja uma translocação, pois reformar não adianta, não tem segurança no local e há muito preconceito e intolerância. Estamos há mais de dez anos pedindo, a praça está abandonada há pelo menos cinco anos. Nos reunimos com diversas secretarias e não obtivemos respostas. A festa de Iemanjá faz parte do calendário cultural e religioso da Paraíba e de João Pessoa, assim como a Festa das Neves, ou a Romaria da Penha. E não podemos em vir aqui rezar para o nosso orixá”, reclama.
O apelo de pai Beto é que a imagem seja retirada de onde está, pois além da depredação, o mar avançou e seja colocada no largo da Gameleira.