O delegado de homicídios, Vitor Melo, informou nesta segunda-feira (14), em entrevista coletiva, que já identificou dois suspeitos de envolvimento no assassinato do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira. Um deles, identificado como Leon, já está preso por força de uma mandado de prisão expedido pela Justiça em 2016 e encontra-se na carceragem da Central de Polícia.
Segundo a polícia, um segundo suspeito deve se apresentar na tarde de hoje [segunda] para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios. No entanto, o delegado deixou claro que, até o momento, os suspeitos de praticar o crime não apresentam nenhuma ligação com familiares da vítima.
Mas o Leon, que está preso, teria confidenciado que ele e o outro, que está desaparecido, trabalharam na campanha do candidato a vereador de Bayeux, Ricardo Pereira, sobrinho do ex-prefeito assassinado. No entanto, ele é investigado, pois também confessou que usou o veículo. O proprietário da moto foi ouvido e informou que emprestou o veículo. Ele soube do uso da moto quando viu imagens na televisão e questionou uma das pessoas que utilizou o veículo. “Rapaz, eu emprestei a moto e vocês fizeram isso?”, disse o delegado, sobre o depoimento do dono da moto.
De acordo com o delegado, um dos suspeitos descartou a camisa utilizada no dia do crime ainda no bairro de Manaíra como revelaram as imagens de circuito de câmeras das áreas. A camisa será periciada para retirada de material genético e comprovo o responsável pelo crime. As duas pessoas trabalharam na campanha de um sobrinho da vítima.
Ainda de acordo com o delegado, os investigadores conseguiram dezenas de imagens e que contou com apoio da Semob-JP e PRF. Foi a partir disso, que os investigadores conseguiram identificar o veículo e o fato do autor ter descartado a camisa. A Polícia Civil ouviu mais de 10 pessoas. Victor Melo ainda disse que há equipes em campo. Segundo ele, as imagens derrubam o argumento do preso.
Familiares participaram da coletiva de imprensa. “Nós pedimos a Deus que não seja da família porque a ferida será maior. Não quero crer que seja por vingança”, disse Carlos Pereira, sobrinho e advogado, que ainda destacou que “o que nós sabemos que ele [Expedito] ia se encontrar com pessoas pela manhã. Ele tinha dito na manhã seguinte ia se encontrar com uma pessoa”.
A entrevista coletiva foi concedida, por volta das 11h30, no auditório da Central de Polícia e não na delegacia de homicídios, como foi informado anteriormente. O delegado Vitor Melo informou que as investigações estão bem avançadas, mas até agora não há informações sobre o que teria motivado o assassinato.
O ex-prefeito Expedito Pereira foi morto após ser baleado na manhã de quarta-feira (9) em João Pessoa. De acordo com a Polícia Militar, Expedito estava caminhando sozinho na avenida Sapé, no bairro de Manaíra, quando um homem em uma moto se aproximou e atirou nele. Em seguida, o motoqueiro fugiu.
A moto que teria sido usada pelo suspeito foi encontrado três dias depois no Rio do Meio, em Bayeux. O delegado revelou, ainda, que o proprietário da motocicleta teria visto, nos programas de televisão o vídeo do crime e reconhecido a moto como sendo a sua.