O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) falou sobre a decisão de desistir da disputa à presidência da Câmara Federal. Em entrevista ao Arapuan Verdade desta segunda-feira (11), ele contou que não queria que o processo de escolha da candidatura do bloco se arrastasse até janeiro porque prejudicaria a campanha do escolhido, que teria apenas alguns dias de janeiro para dialogar com os parlamentares.
“A gente tomou uma decisão baseado primeiro um pouco na experiência que a gente tem. Um processo longo, no meio de uma pandemia, mais complexo porque você não está ali no dia a dia com os parlamentares. A própria pandemia e acho que o ‘time’ de decisão de se alongar tanto esse processo em relação à decisão do Supremo, na minha opinião, isso fez com que esse processo se atrasasse ainda mais. E naquela quinta-feira esse processo ia durar mais”, explicou o paraibano, que viu a escolha do candidato do bloco de Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara dos Deputados, se arrastar.
Aguinaldo falou da conquista que teve de reunir PT e PSL, os maiores partidos na conjuntura, ao seu lado na candidatura à presidência da Câmara. “Então como eu tinha tido um processo de construção, conversado com os principais partidos, já que naquele momento tinha uma candidatura no meu partido, legítima, de um companheiro de partido, foi-se construído algumas alternativas de candidatura, eu achei que não dava mais para se protelar uma definição de candidatura. Foi quando eu consegui, e acho que minha missão eu cumpri bem, porque eu consegui o mais difícil: conseguir o apoio dos dois maiores partidos, que eram o PSL e o PT. Numa contingência como essa, era o que faltava para dar viabilidade de candidatura no ponto de vista de um bloco porque candidatura poderia ser sem bloco, como vamos ter candidatos que não estarão vinculados a blocos.”
O deputado relatou que, então, “decidiu decidir”. “Quando o PT, o PSL e diversos outros partidos se posicionaram a favor da nossa candidatura, percebi que havia um interesse de alguns de protelar ainda mais a decisão. Então eu disse “olhe, não vou para casa sem isso definido porque acho que isso vai prejudicar quem quer que seja o candidato. Porque você vai vir com uma candidatura começando a definição no início do ano. E como são quatro semanas, no meio de uma pandemia, para você fazer uma campanha, quando vi que realmente não ia se decidir, aí por isso que eu… Inclusive usei a frase de abertura dizendo o seguinte: “na indecisão, decidi decidir”, porque a turma estava querendo protelar ainda esse processo. Então foi isso que aconteceu.”