A mulher que matou a namorada com 96 facadas em Gramame, João Pessoa, no dia 20 de março, é apontada como autora de outros dois assassinatos. A Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (DCCPES) da Capital concluiu, nesta segunda-feira (29), o inquérito sobre o feminicídio e dupla tentativa de homicídio praticado em João Pessoa pela Marilene da Silva Ramos e indicou que, na verdade, ela é suspeita não apenas de mais um, mas de dois assassinatos no Rio Grande do Norte, além do que foi praticado na Paraíba.
Além de ser acusada de matar a própria companheira, a mulher é investigada por envenenamento contra o sobrinho e a mãe da vítima esfaqueada dentro de casa. Os dois foram encontrados dopados no local do feminicídio, no bairro de Gramame, em João Pessoa, no dia 20 de março.
Segundo informações, há fortes indícios de que ela teria assassinado outras duas pessoas no estado do Rio Grande do Norte. As investigações foram presidias pelas delegadas Emília Ferraz, que é titular da DCCPES e Vanderleia Gadi, delegada adjunta.
Conforme as investigações, neste caso a já acusada do crime, Marilene da Silva Ramos, matou em 2011 José Edilson dos Santos, depois de dopar a vítima e deixar o corpo carbonizado dentro do carro. Ela teve a ajuda de Valdivan Sales da Costa. Em razão desse crime foi expedido mandado pela Comarca de Santo Antônio, no Rio Grande do Norte.
Em 2014, na cidade de Natal, ela matou seu comparsa, Valdivan, muito provavelmente envenenado, segundo informações colhidas junto à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, esclareceu a delegada Emília Ferraz.
“Os crimes cometidos Marilene da Silva Ramos não param por aí. Em 2021, em João Pessoa (PB), matou Gilmara Santos da Costa e atentou contra as vidas de Eliane Santos da Silva Dinis e D.L.S.S (menor) fazendo uso de tranquilizante e carrapaticida”, concluiu a delegada Emília Ferraz, da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (DCCPES) de João Pessoa.
A população pode colaborar com a Polícia Civil da Paraíba fazendo qualquer tipo de denúncia através do número 197 (Disque-Denúncia). A ligação é gratuita e pode ser anônima. Caso o denunciante queria se identificar, a Polícia Civil garante o mais absoluto sigilo sobre a sua identidade.