Na manhã desta sexta (30), o juiz Antônio Eimar de Lima, da Comarca de Alhandra revogou a prisão preventiva de todos os acusados de executar dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em um acampamento na cidade de Alhandra.
Os acusados são José Cláudio da Silva Oliveira, conhecido como “Cláudio”, Rawlinson Bezerra de Lima, conhecido como “Ralph”, José Aurélio Gomes de Melo, conhecido por “Aurélio”, Maria de Fátima Santos Freitas e Leandro Soares da Silva.
Agora, eles deverão cumprir uma medida cautelar, tendo que usar tornozeleira eletrônica e se recolherem em suas residências entre as 20h e 6h.
Para revogar a prisão, o magistrado entendeu que o grupo já está atrás da grades há dois anos e mesmo que a instrução esteja devidamente concluída, em caso de pronúncia, não se tem, concretamente, a possibilidade de realização de sessão de júri, de forma urgente, em decorrência da pandemia de coronavírus. Para o magistrado, é preciso evitar excesso na custódia preventiva dos denunciados.
Segundo o Ministério Público, o crime aconteceu por encomenda motivado pelo fato de as vítimas José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino terem denunciado extração irregular de areia no assentamento Dom José Maria Pires, em Alhandra.
O advogado Aécio Farias não quis comentar a decisão.