Apontando retomada, o volume de vendas do varejo paraibano fechou o primeiro semestre com crescimento de 4,1% sobre igual período do ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já no ano passado, devido aos efeitos da pandemia, o primeiro semestre havia fechado com queda de 1,8%, a menor queda do Nordeste, enquanto o País registrou queda de 3,2%.
Outro indicador positivo da Paraíba foi que no mês de junho as vendas do comércio da Paraíba sobre o mesmo mês do ano anterior expandiram acima de dois dígitos (11,9%) contra uma média de 6,3% do varejo nacional, enquanto as vendas de junho sobre maio deste ano o ficaram estáveis (0,1%) o indicador da Paraíba, mas no País houve um recuo de 1,7%.
Na comparação com os seis meses de 2020, o indicador do comércio da Paraíba neste ano apresentou três meses (abril, maio e junho) de crescimento e outros meses de queda: janeiro, fevereiro e março apresentaram queda. O mês de melhor desempenho no primeiro semestre foi abril (20,4%) e o pior fevereiro (-7,9%), mas o segundo trimestre apresentou altas seguidas: abril (20,4%), maio (9,9%) e junho (11,9%).
Comércio ampliado – O comércio varejista ampliado da Paraíba, que inclui também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material e construção, apresentou expansão de 13,8% no primeiro semestre, índice superior à média do País (12,3%) no segmento. No primeiro semestre do ano passado, o comércio ampliado paraibano havia registrado queda de 6,4%. No mês de junho, o comércio ampliado paraibano também expandiu 19,6% o volume de vendas sobre o mesmo mês do ano passado.
Devido às novas ondas e elevação de contaminação na pandemia, houve novas restrições que aconteceram ao longo do primeiro semestre de 2021 em relação à abertura de lojas físicas e horário de funcionamento.
“Isso tudo foi um cenário mais ou menos o espelho, sobretudo, no segundo trimestre de 2020, porque acabou por restringir a oferta dessas lojas e afetando a receita dessas empresas que tiveram essas restrições. Isso aconteceu nos dois semestres, mas com amplitude menor agora no primeiro semestre de 2021”, revelou gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, que fez ponderações sobre a elevação da Taxa Selic pelo Banco Central, que reduz o volume de crédito, e a pressão inflacionária, que tira o poder de compra, que pode ter afetado um melhor desempenho do setor varejista no semestre.