Por meio de assembleia os diretores de Centro de Ensino da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) convocaram uma reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consuni) para discutir as condições do retorno de servidores ao trabalho presencial, apresentado na portaria nº 1061. A reunião deverá acontecer próxima segunda-feira (25), às 9h, de forma remota.
O documento exige o retorno às atividades presenciais dos técnicos administrativos e docentes em cargos de gestão, até o dia 29 de outubro. Os representantes das entidades sindicais da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB) e Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb) evidenciam que não são contra o retorno às atividades presenciais, desde que sejam disponibilizadas máscaras N95 e cirúrgicas (consideradas a proteção mais eficiente contra o coronavírus) e oferecidas as condições sanitárias à biossegurança dos servidores.
O presidente da Sintespb, Marcelino Rodrigues, informa que o sindicato teve duas reuniões com o reitor da UFPB Valdiney Gouveia para discutir a portaria, mas as sugestões das entidades representativas e órgãos deliberativos da UFPB não foram considerados. “Na primeira reunião, o reitor tinha se comprometido em apresentar a minuta, antes de publicar a portaria, porém não foi isso que aconteceu”, lamentou.
Na assembleia participativa ocorrida na última segunda-feira (18), os técnicos administrativos decidiram não acatar o teor da portaria e afirmaram a decisão de lutar contra a medida impositiva e antidemocrática, sem considerar as sugestões das entidades representativas e órgãos da UFPB, como o Consuni e o Fórum de Diretores de Centros.
O presidente do Sintespb menciona alguns argumentos que serão abordados na reunião: não há necessidade de retorno imediato de 3.700 técnicos administrativos já que as aulas estão remotas; existem laboratórios insalubres e sem ventilação, logo, não há condições adequadas de funcionamento; a Reitoria remete a responsabilidade para o servidor providenciar sua máscara, porém as autoridades científicas e órgãos da vigilância sanitária recomendam evitar máscaras de tecido e utilizar a N95 e cirúrgicas.