O ex-deputado Simão Almeida morreu nesta quarta-feira (29) aos 77 anos, vítima de complicações da covid-19, em João Pessoa.
Ele estava internado desde 17 de dezembro em um hospital privado da capital e respirava com ajuda de oxigênio. No decorrer dos dias, o quadro clínico foi agravado, incluindo a realização de hemodiálise, e precisou ser transferido para uma unidade de terapia intensiva.
Segundo informações de familiares, ele havia tomado duas doses da vacina contra a Covid-19, mas mesmo assim desenvolveu sintomas graves da doença por ter problemas respiratórios decorrentes de um histórico de fumante.
Filiado ao PCdoB, Simão foi eleito deputado estadual em 1990 com 4.538 votos e chegou a presidir o partido na Paraíba. Durante boa parte da ditadura militar, o parlamentar viveu na clandestinidade. Atualmente, o ex-deputado era o diretor-presidente da Junta Comercial do Estado (Jucep).
A Assembleia Legislativa emitiu nota lamentando a morte, confira:
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino, em nome de todos os parlamentares e servidores do Poder Legislativo Paraibano, vem a público lamentar o falecimento do presidente da Junta Comercial do Estado e ex-deputado estadual Simão Almeida, que morreu aos 77 anos, na manhã desta quarta-feira (29), vítima do coronavírus.
O ex-deputado estava internado em um hospital de João Pessoa. Ele havia tomado duas doses da vacina contra a Covid-19 mas, mesmo assim, desenvolveu sintomas da doença, pois tinha problemas respiratórios.
“Neste momento de dor para toda a família nos solidarizamos com os familiares e amigos de Simão Almeida, um grande político do nosso Estado, que deixa grandes lições e um legado de trabalho e luta pelo povo da Paraíba”, ressaltou Adriano Galdino.
O ex-deputado foi eleito em 1990 pelo PCdoB com 4.538 votos. Era natural da cidade de Cabaceiras e sofreu prisão e perseguição durante a ditadura militar instaurada em março de 1964 pela sua atuação contra o regime. Formado em engenharia elétrica, em fins de 1968, mudou-se para o Recife, onde, em fevereiro de 1969, teve a sua casa invadida pela polícia. Passou, então, a viver na clandestinidade, até a promulgação da lei de anistia.