Foi inaugurada na terça-feira (21) em João Pessoa a Casa de Acolhida Cristiana Soares de Farias (Cris Nagô), destinadas a lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres trans, homens trans, queer, interesexos, assexuais, pansexuais e mais (LGBTQIAP+) da Paraíba em situação de rua, abandono familiar ou em situação de violência. O decreto que institui a Casa foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (22).
A casa funciona na Rua Evaldo Wanderley, no bairro Tambauzinho, e tem capacidade de acolher provisoriamente até 25 pessoas durante um período de até 120 dias. De acordo com a Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH), os casos atendidos no local são encaminhados para os Centros de Referência dos Direitos de LGBTQIAP+ e Enfrentamento à LGBTQIAP+fobia de João Pessoa e Campina Grande.
O espaço vai funcionar 24h por dia e conta com profissionais de enfermagem, psicologia, serviço social, pedagogia, assessoria jurídica e educação social. O atendimento das demandas das pessoas LGBTQIAP+ é interdisciplinar e integral e inclui o trabalho articulado de diversos equipamentos estaduais, de acordo com a necessidade de cada pessoa.
O nome da Casa é em homenagem à Cris Nagô, professora de capoeira de Campina Grande que foi morta a tiros enquanto praticava capoeira no bairro da Liberdade, em 2020. O suspeito é um ex-aluno dela, e foi preso em São Paulo. Cris era uma defensora da causa LGBTQIAP+.