As denúncias contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães de assédio sexual e moral reascende a discussão de uma situação que é mais recorrente do que se imagina no ambiente de trabalho. O Ministério Público do Trabalho na Paraíba registrou, somente em 2022, mais de 70 denúncias deste tipo de casos, conforme afirmou a procuradora-chefe do órgão, Andressa Alves Lucena Ribeiro Coutinho.
“O MPT tem recebido em todo o Brasil inúmeras denúncias referentes a supostos casos de assédio sexual e moral. Só no Estado da Paraíba, em 2022, foram 74 denúncias acerca desses temas. Então, é um tema bastante recorrente para instauração de inquérito civil público e apuração em nosso país”, destacou em entrevista ao Programa de Rádio Hora H, apresentado pelo jornalistas Wallison Bezerra, na Rede Mais Rádio.
Para se proteger e levar os casos a Justiça, Andressa Alves orienta as vítimas a juntar e guardar todo tipo de provas que possam vir a esclarecer a prática ilegal e denunciar a situação ao MPT.
“As vezes uma troca de email, recebimento de uma mensagem pelo WhatsApp ou bilhetes escritos. Todos esses meios de provas são importantes para que o MPT possa apurar e confirmar a prática do assédio moral ou assédio sexual. Além disso, o trabalhador ou trabalhadora deve buscar de forma anônima o sigilosa o MPT e fazer a denúncia de forma minuciando descrevendo a conduta que vem sendo praticado contra a sua pessoa em decorrência dentro do trabalho que desenvolve”, argumentou.
A procuradora garante que o MPT tem realizado campanhas no sentido de orientar as empresas e os trabalhadores sobre atos que podem tipificar esse tipo de crime. De acordo com Andressa Alves o assédio moral leva ao adoecimento físico, psíquico e ao afastamento do trabalho.