A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (09), o Projeto de Lei de autoria do governador João Azevêdo (PSB) que doa um terreno pertencente ao Estado à Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep) para a implantação de um polo têxtil, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.
O líder da oposição, Wallber Virgolino (PL), que ontem articulou para obstruir a votação, defendeu hoje a aprovação do texto. “O projeto ontem não foi votado porque faltou habilidade por parte do estado. Nossa intenção jamais foi barrar o trabalho de vocês empresários. Queremos que o Estado cresça. Se o governo tivesse explicado, teríamos compreendido e votado. O que o Governo tem que entender é que nós somos um poder. Hoje, esse projeto vai ser aprovados por vocês [empresários]. Então, deputados de oposição, vamos votar pela aprovação”, disse.
Já o líder do governo, Chico Mendes (PSB), afirmou que a aprovação facilitará avanço econômico e industrial do estado. “São 35 empresas paraibanas que vão usar esse polo em Mangabeira. Essas empresas vão ter um ano para se instalarem. Essas empresas estão investindo R$ 18,7 milhões”, defendeu.
O líder da maioria, deputado Wilson Filho (PTB), destacou a votação. “É um momento de harmonia, união de forças para que a Paraíba continue gerando emprego. Os deputados, não importa o partido, a Assembleia pode dar um grande gesto ao aprovar a implantação de um grande polo como esse”, frisou.
O Polo Têxtil
O terreno onde vai funcionar o Polo Têxtil está localizado no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, e é avaliado em R$ 14 milhões. Atualmente, o espaço está sem utilização e sem projeto ou estudo para uso por parte do governo.
“A região de Mangabeira, em João Pessoa, tem elevado potencial para atividades de comercialização de vestuário, tanto no atacado, quanto no varejo. Além disso, tem grande oferta de mão de obra especializada para o setor têxtil, capaz de atender a demanda para as mais de duas mil vagas que serão geradas com o polo têxtil que será instalado”, defende a matéria assinada pelo governador João Azevêdo.
Na justificativa, o governador afirmou que há o interesse público para a formação da doação, já que o Polo Fabril poderá gerar mais de dois mil empregos. “Experiências em outros estados do Brasil e na própria Paraíba no setor têxtil e de confecções, demonstram a potencialidade para amplo desenvolvimento do segmento no Nordeste”, diz o projeto.
Agora, o Polo Fabril tem até cinco anos para ser instalado. Caso contrário, o terreno volta ao Patrimônio Público da Paraíba.
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