A Polícia Civil da Paraíba concluiu nessa quarta-feira (30) que o motorista que teve 54% de seu corpo queimado num ataque a ônibus em João Pessoa morreu em decorrência de uma infecção generalizada. A conclusão é da perícia realizada no corpo da vítima e que foi divulgada 30 dias após o óbito.
Perito responsável pela análise do corpo, Flávio Fabres confirmou que o cadáver apresentava uma área de cobertura de queimadura de grandes proporções e que foi essa condição que provocou a infecção que o levou à morte.
Fabres ponderou ainda que o resultado do laudo é peça fundamental nas investigações e que esse documento poderá colaborar para o delegado da investigação qualificar o tipo de homicídio cometido contra o motorista. Ele exemplifica duas das qualificações mais evidentes, que seria a morte por fogo e por meio cruel, mas destacou que outras ainda poderão ser incluídas.
Por fim, ele explicou que o laudo, embora tenha saído dentro do prazo, demorou um pouco porque muitas vezes são necessários exames complementares e investigações maiores no corpo para identificar a causa real da morte.
O motorista morreu em 30 de julho deste ano, no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. No dia 18 do mesmo mês, ele conduzia o ônibus que foi incendiado por criminosos no bairro de Padre Zé. Outros cinco passageiros estavam no veículo, ficaram feridos, mas sem tanta gravidade.
Desde então, duas operações policiais já foram realizadas e oito pessoas foram apontadas como responsáveis pelo crime. Em 29 de julho, um homem identificado por dirigir o carro que levou os autores do ataque até o ônibus acabou preso. Já em 23 de agosto, dois outros mandados de prisão foram cumpridos. Três pessoas são consideradas foragidas e duas ainda precisam ser melhor identificadas.
Com G1