A mulher do turista que estava num táxi da Paraíba e foi baleado durante ação policial em Goianinha, no Rio Grande do Norte, quando seguia em viagem para Tibaú do Sul, relembrou o momento em que o marido foi atingido pelos disparos da Polícia do RN, na noite dessa quinta-feira (4).
Em áudio veiculado no programa JPB1, da TV Cabo Branco, nesta sexta-feira (5), a mulher, que não teve a identidade divulgada, disse que os três ocupantes do carro foram recebidos com tiros pela polícia militar potiguar e que foram acusados de estarem trafegando num veículo proveniente de roubo.
“O vidro quebrou. Meu marido achou que era um assalto. A gente se abaixou, só que ele já tinha sido atingido. Quando o taxista entrou no posto e parou foi que ele viu que a bala estava nas costas dele. Meu marido deitou no chão, baleado. Ele gritava que o carro era roubado (o policial). E a gente dizia que não era, que era um táxi”, disse, em áudio veiculado na afiliada Globo na Paraíba.
Ainda de acordo com a esposa do turista, que curtia férias na Paraíba e tinha como destino a cidade de Pipa, no Rio Grande do Norte, ela e o marido estavam aproveitando para conhecer o litoral nordestino. A mulher adiantou que o estado de saúde do marido é delicado.
“Ele está em estado crítico, tomando bolsa de sangue. Daqui a 48 horas vão abrir ele novamente para ver se conseguem tirar a bala dele. A situação do meu marido não é nada boa. Não consigo entender como isso aconteceu”, completou.
O que diz a polícia
Segundo o major da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, o carro utilizado pelo taxista na Paraíba era alugado e o proprietário havia comunicado um suposto roubo à polícia paraibana, que acionou a polícia potiguar.
A PM do RN, em sua versão, também informou que deu sinal de parada para o motorista do táxi, que teria desobedecido a ordem. O condutor do veículo, no entanto, nega que tenha havido sinalização, a exemplo de sirene, luz ou giroflex.