A Justiça da Argentina concedeu prisão domiciliar ao empresário Antônio Inácio da Silva Neto, da Braiscompany, empresa que, por meio de um esquema de pirâmide financeira, acumulou mais de 400 milhões de dólares em criptomoedas e é alvo de milhares de denúncias de suposto calote em clientes. A decisão atende a um pedido da defesa de Antônio.
O empresário estava preso na sede da Interpol, em Buenos Aires. A prisão aconteceu no dia 29 de fevereiro, quando aguardava um pedido de extradição para o Brasil. Quem também encontra-se em prisão domiciliar é Fabrícia Farias, companheira e dona da empresa também. Ela está ao lado dos filhos, de 9 e 11 anos. A condição de prisão dominicilar acompanha o impedimento da saída de Antônio de casa, além do monitoramento para evitar fuga. A segurança em portos e aeroportos deve ser reforçada.
Recentemente, uma nova denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF).Segundo a instituição, Antônio e Fabrícia contaram com ajuda de um doleiro. O nome de Joel Ferreira de Souza é citado. Além dele, e os donos, consta na reclamação os nomes de Victor Veronez – filho de Joel, acrescidos ao de Gesana Rayane Silva, Mizael Moreira Silva e Clélio Cabral do Ó. Estes três últivos já foram alvos de denúncias.
Relembre o caso
Antonio Inácio Da Silva Neto e Fabrícia Farias eram sócios da empresa de criptoativos Braiscompany, com sede na Paraíba, e estão sendo investigados por suposta prática de pirâmide financeira.
Em uma entrevista exclusiva à TV Tambaú/SBT, uma ex-funcionária da Braiscompany detalhou a rotina dentro da empresa, evidenciando atrasos nos salários e um ambiente de megalomania, com os donos Antônio e Fabrícia buscando constantemente o centro das atenções.
O casal foi condenado a penas de 88 anos (Antônio) e 61 anos (Fabrícia). Eles são considerados culpados pelos crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais.