A 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) começa nesta terça-feira (24), em Nova York, nos Estados Unidos. O encontro, que reúne líderes globais para debater questões internacionais, acontece em meio à escalada do conflito no Oriente Médio, com Israel, Líbano e grupos extremistas em conflitos diários.
Nesta semana, as tensões aumentaram no Líbano, com relatos de centenas de ataques israelenses contra alvos do grupo Hezbollah no sul do país. Ao todo, foram atingidos 300 alvos, deixando quase 500 mortos e mais de 1,6 mil feridos.
Os conflitos também seguem na Faixa de Gaza, onde Israel busca por militantes do Hamas. Na região central, abrigos vêm sendo destruídos por bombardeios, que também estão prejudicando os sistemas de água potável. Até o momento, o Ministério da Saúde calcula mais de 40 mil mortos e 1,9 milhão de deslocados (isto é, 90% da população).
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é esperado para discursar na Assembleia Geral – que, este ano, tem como tema a reiteração da paz mundial, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana. Sua participação está programada para ocorrer entre quinta ou sexta-feira (26 e 27), mas ainda não foi confirmada.
Mesmo sem a participação de Netanyahu, os conflitos devem ser o foco da Assembleia. Isso porque, com o aumento das tensões, o temor é que os conflitos se agravem e passem a envolver outros países no Oriente Médio. É o caso do Irã, que prometeu retaliação pela morte do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh. Ele estava hospedado em Teerã, capital iraniana, quando foi atingido por um ataque aéreo.
Como funciona a Assembleia Geral?
A Assembleia Geral da ONU é um encontro anual que acontece entre os principais líderes globais dos 193 Estados-membros. O debate geral oferece aos representantes de todos os países e de algumas entidades a oportunidade de fazer um discurso por 15 minutos no salão principal. Outros eventos paralelos também acontecem durante a reunião.
Na prática, o evento é aberto pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e pelo presidente da Assembleia Geral. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a discursar, seguido dos Estados Unidos. A ordem de fala dos outros países é baseada em critérios como equilíbrio geográfico, nível de representação e preferência.