O dono da fábrica clandestina de linguiça, fechada na última quinta-feira, 29 de agosto, em Bayeux, apresentou-se à polícia na manhã desta segunda (2). Marcos Aurélio Ferreira de Lima, identificado como o proprietário do estabelecimento, é suspeito de vender carne estragada e comercializar o produto sem atender às regras de vigilância sanitária.
O caso teve início com uma investigação sobre roubo de energia elétrica. Com o auxílio da Energisa, a polícia constatou o desvio irregular de energia para um refrigerador na fábrica. No local, foram encontrados dois funcionários trabalhando em condições inadequadas, sem as devidas proteções e recebendo salários abaixo do mercado.
No dia seguinte, 30 de agosto, a Secretaria de Agricultura realizou uma vistoria na fábrica, recolhendo e descartando o material inadequado. Na manhã desta segunda-feira (2), o advogado de Marcos Aurélio Ferreira de Lima apresentou o cliente à Quarta Delegacia Seccional em Bayeux. Durante o interrogatório, o acusado optou por permanecer em silêncio, exercendo seu direito constitucional.
O inquérito já está em andamento. A polícia investiga as documentações encontradas no imóvel e apura a responsabilidade de outros estabelecimentos que compravam e revendiam a linguiça produzida na fábrica. A possibilidade de indiciamento por crimes patrimoniais e crimes ambientais está sendo considerada. A população pode fazer denúncias através do Disque 197 da Polícia Civil.
O advogado Alberdan Coelho, que faz a defesa de Marcos Aurélio Ferreira de Lima, informou que o cliente está colaborando com a investigação e se mostrou confiante de que, ao final do processo, será possível comprovar a sua inocência.