A campanha da vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata Kamala Harris está comemorando muito o primeiro debate entre ela e o oponente republicano Donald Trump, noticiam os principais veículos de mídia do país.
Enérgica, a candidata que substituiu Joe Biden na corrida eleitoral conseguiu enervar seu adversário e deixá-lo na defensiva, avaliam os analistas. Os resultados eleitorais do debate, porém, são incertos – ainda na opinião dos norte-americanos. Com a eleição marcada para 5 de novembro, os candidatos estão colados na maioria das pesquisas.
“Desde os momentos iniciais de seu primeiro debate contra Donald J. Trump, Kamala Harris explorou astutamente a maior fraqueza de seu oponente”, diz texto de análise publicado no The New York Times, um jornal mais simpático aos democratas do que aos republicanos.
“Não suas políticas divisivas. Não seu histórico de declarações inflamatórias. Em vez disso, ela mirou em uma parte muito mais primal dele: seu ego”, seguiu o jornal.
Para o NYT, entre seus apoiadores, Trump é “inquestionável, incontestável e nunca ridicularizado”, mas “isso mudou ao longo de 90 minutos na Filadélfia na terça-feira, quando a mulher queele nunca havia encontrado antes conseguiu, aos poucos, furar seu casulo confortável e desencadear sua irritação e raiva”.
Kamala, lembrou o jornal, questionou o tamanho e a lealdade das multidões nos comícios de Trump, disse que os líderes mundiais o chamam de “vergonha” e que sua fortuna foi construída por seu pai. Depois, diz o NYT, “ela assistiu enquanto Trump causava a si mesmo um grande estrago”.