O júri popular condenou a 19 anos e três meses de prisão Ana Beatriz Lima, suspeita de ajudar o namorado a matar a mãe em Cuité, na Paraíba, no dia 2 de novembro de 2022. A professora Honorina de Oliveira Costa, de 43 anos, foi morta por asfixia e sofreu golpes de faca na região do abdômen.
Após um longo julgamento que se estendeu durante todo o dia dessa terça-feira (8), o júri popular em Cuité condenou Ana Beatriz pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. A acusada, que na época do crime tinha 18 anos, foi absolvida das acusações de feminicídio e corrupção de menores.
Durante o julgamento, a defesa da jovem argumentou que ela teria sido coagida pelo namorado a participar do crime e que não teria tido envolvimento direto na ação criminosa. Já o Ministério Público da Paraíba sustentou que havia provas suficientes para comprovar a participação ativa de Ana Beatriz no assassinato brutal.
Conforme perícia da Polícia Civil, a vítima foi morta por asfixia e golpes de faca, tendo seu corpo jogado em um açude com o objetivo de ocultá-lo. Na ocasião, o filho de Honorina, que na época era menor de idade, confessou o crime, revelando que nutria ódio pela mãe desde 2018.
Ele também confessou que contou com a ajuda de Ana Beatriz para consumar o ato. Hoje, o jovem está em liberdade após cumprir medida socioeducativa e participou do júri popular como testemunha.
Relembre o caso
O corpo da professora Honorina foi encontrado no dia 5 de novembro de 2022, no Açude do Cais, em Cuité, três dias após seu desaparecimento.
Ao resgatar o corpo, a polícia percebeu que ela foi executada com violência e que havia um golpe de faca na região do abdômen. No local, não foram encontrados vestígios de sangue e nem mesmo outros indícios.
Em março de 2023, o policial militar reformado, Antônio Abrantes, foi preso suspeito pela morte da professora Honorina de Oliveira Costa.
Após investigações, no entanto, a polícia localizou um circuito de câmeras de segurança onde o filho e a namorada saem num carro no momento do desaparecimento da mãe.
Após quebra de sigilo telefônico e novas diligências, a polícia constatou que foi o filho que teria matado a mãe e mentido para incriminar o pai e evitar sua própria detenção.