O deputado estadual Tião Gomes tem encontrado resistência para se firmar como substituto ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), após o afastamento de Arthur Cunha Lima pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por meio de aposentadoria compulsória.
Recentes mudanças no regimento interno da Corte impuseram critérios rigorosos para a escolha de novos conselheiros, exigindo probidade administrativa e vida pregressa irrepreensível. Essas condições têm colocado a candidatura de Gomes sob questionamento, especialmente devido a seu envolvimento em investigações de irregularidades.
Gomes foi citado na Operação Livro Aberto, da Polícia Federal, que apura o desvio de recursos em contratos superfaturados para aquisição de livros didáticos em 2018. Parte dos valores, segundo as investigações, teria sido destinada a propinas envolvendo parlamentares, incluindo o deputado. Apesar de negar envolvimento e alegar “mãos limpas”, o histórico de denúncias compromete a credibilidade de sua candidatura ao cargo, que exige conduta ética irrepreensível.
O presidente do TCE-PB, Nominando Diniz, destacou que não aceitará candidatos com “manchas na Corte” e reforçou o compromisso da instituição com a integridade. Analistas políticos avaliam que o histórico de Tião Gomes e o impacto da Operação Calvário dificultam sua consolidação como candidato, por força da exigência de moralidade e transparência. A ver…