A conselheira tutelar Rejane Silva, recebeu alta na manhã desta segunda-feira (13) do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde estava internada desde o dia 22 de novembro de 2024. Ela foi vítima de oito disparos de arma de fogo realizados pelo próprio marido, que tirou a própria vida logo após o crime.
Segundo o Dr. Laércio Bragante, diretor da unidade hospitalar, Rejane chegou ao hospital em estado gravíssimo, mas agora deixa a instituição consciente, orientada e apta a retomar o convívio familiar.
Embora tenha apresentado progresso significativo, Rejane ainda precisará de acompanhamento médico prolongado, incluindo sessões com equipes de neurocirurgia, ortopedia e outras especialidades. “Por se tratar de um trauma na região craniana que afetou o cérebro, há possibilidade de sequelas motoras, mas esperamos que ela recupere muitas funções nos próximos dois anos. Felizmente, sua função cognitiva está preservada”, explicou o Dr. Laércio.
Família celebra milagre
A filha de Rejane, Lillybeth Dias, definiu a alta como um “milagre”. Durante a internação, a família enfrentou momentos de angústia e incerteza. “Minha mãe chegou ao hospital praticamente sem vida. Foram dias difíceis, mas fomos acolhidos com muito cuidado e humanidade. Agradeço a todos que rezaram por ela e aos profissionais que cuidaram dela como se fosse da própria família”, declarou Lillybeth, emocionada.
Relembre o caso
O crime ocorreu na noite de 22 de novembro, na residência do casal, no bairro Comercial Norte, em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa. Após disparar contra Rejane, o marido, identificado como o sargento da Polícia Militar José Paiva, de 30 anos de relacionamento com a vítima, tirou a própria vida.
Na ocasião, Rejane foi socorrida inicialmente pelo filho, que a encontrou no local e a levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bayeux. De lá, foi transferida para o Hospital de Emergência e Trauma, onde permaneceu em estado crítico por semanas.