Os motoristas de ônibus de João Pessoa decidiram manter a paralisação, nesta quarta-feira (29), após uma audiência de instrução realizada pela Justiça do Trabalho para discutir o fim da greve dos motoristas de transporte coletivo em João Pessoa.
Nesta quinta-feira (29), os trabalhadores vão voltar a se reunir para analisar a nova proposta. Caso o acordo não seja consolidado, caberá a Justiça decidir o futuro da paralisação.
“A categoria está prejudicada. A classe patronal tem que respeitar o trabalhador e vir com a proposta boa para trabalhador. Se não tiver proposta boa, a categoria continua de greve”, disse Ronne Nunes.
A greve dos motoristas de ônibus de João Pessoa entrou em seu terceiro dia, e não teve acordo por parte dos motoristas, que ficaram insatisfeitos com as propostas do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Sintur-JP).
O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas da Paraíba (Simtro/PB) exige um reajuste de 6% no salário, vale-alimentação de R$600 e a implementação de uma comissão “batedor” de R$150. Já o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Sintur-JP) propôs um aumento linear de 5%, que foi rejeitado pelos motoristas.
Durante o primeiro dia de paralisação, a cidade registrou paradas de ônibus lotadas e uma operação reduzida, acarretando à população longas esperas e dificuldades para se deslocar. Segundo a Semob-JP, somente 25,49% dos ônibus realizaram viagens, considerando o horário entre 7h45 e 12h no primeiro dia de paralisação dos motoristas.
Para tentar corrigir a situação, a Semob-JP adesivou os veículos para identificar os ônibus em circulação e garantir que a frota mínima determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) seja cumprida.
Enquanto a greve segue, a Semob-JP também liberou as faixas exclusivas para outros veículos, como carros e motocicletas.