Deputados federais da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva estão avançando na articulação de um pedido de impeachment contra o presidente, com base em alegadas irregularidades no programa Pé-de-Meia. O documento já conta com 59 assinaturas, mas, para ser oficialmente pautado, depende apenas da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, já que não há exigência de um número mínimo de apoios para que o processo avance.
A proposta de impeachment foi apresentada pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) em outubro de 2024, mas ganhou força nos últimos dias após o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) confirmar, na quarta-feira (22), o bloqueio de R$ 6 bilhões do programa do Ministério da Educação. A Advocacia-Geral da União (AGU) já recorreu da decisão do TCU, buscando reverter o bloqueio.
A ala oposicionista argumenta que o governo cometeu crime de responsabilidade ao executar despesas do programa sem a devida autorização do Congresso Nacional, um dos pontos centrais da acusação. A movimentação tem gerado intensos debates, e o clima político segue tenso enquanto o processo se desenrola.